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André Ramiro celebra 10 anos de "Tropa de Elite": "Inovador"


Após 10 anos do sucesso “Tropa de Elite”, André Ramiro ainda colhe os frutos da sua interpretação na pele do personagem Matias, o primeiro em toda a sua carreira. Desde então, acumula novelas, séries, filmes e peças de teatro em seu currículo.

“Meu plano é sempre fazer trabalhos significativos e que influenciem positivamente”, contou em entrevista ao FAMOSIDADES.

Descoberto como porteiro de um cinema no Rio de Janeiro, o ator mostra muita gratidão ao falar das suas conquistas com o teatro. “Pude realizar meus sonhos que sempre foi viver e trabalhar com arte, com o que eu amo fazer. Além de ajudar minha família e amigos, transformar vidas e influenciar positivamente as pessoas foram as mudança mais significativas.”

No bate papo, André ainda deu detalhes da sua carreira na música. Confira tudo na entrevista a seguir!

FAMOSIDADES: Após 10 anos de Tropa de Elite, quais foram as mudanças mais significativas em sua carreira?

ANDRÉ RAMIRO: Tenho muita gratidão a José Padilha e Marcos Prado, diretores do filme. Eles me deram uma profissão e através dela pude realizar meu sonho, que sempre foi viver e trabalhar com arte, com o que amo fazer. Além de ajudar minha família e amigos, transformar vidas e influenciar positivamente as pessoas foram as mudanças mais significativas.

Como foi o teste para o papel de Matias?

João Velho – ator e filho de Cissa Guimarães – deu o meu telefone para a produção do filme. Na época, eu trabalhava como porteiro de cinema. Me ligaram e fui viver essa experiência sem nenhuma pretensão. Me entregaram um texto, explicaram a cena, fiz com verdade e dignidade e aqui estou. Sou grato a Fátima Toledo – preparadora de elenco do longa - que confiou em mim e me preparou para o papel.

Como foi a preparação para o personagem?

Fizemos um laboratório e treinarmos com o BOPE. Paralelamente fomos preparados por Fátima e sua equipe. Trabalhamos além das cenas as personalidades, os conflitos e as relações entre as personagens.

Você se surpreendeu com os números e a repercussão do filme?

Inicialmente, sim. Mas como fizemos um filme inovador no Brasil falando de segurança pública, corrupção e violência policial, pude perceber que o sucesso veio através da identificação da população e foi uma consequência das verdades abordadas no filme. Além de ser ficcional e documental, é também uma denúncia.

Você acredita que a abordagem do filme ainda é atual?

A violência, o preconceito a corrupção, a falta de respeito com o cidadão e o trabalhador, a guerra urbana, os hospitais públicos sem recursos com o povo sofrendo nas filas, sem um tratamento digno... A educação, o esporte e a cultura não estão sendo usados como ferramentas nas favelas e comunidades do Brasil no combate e prevenção contra as drogas e o tráfico. Isso tudo infelizmente ainda é bem atual.

O filme foi acusado de glamourizar a violência. Você concorda em algum aspecto com essas críticas?

Assistimos a filmes e séries americanas recheados de violência e não fazemos esse tipo de crítica. E quanto aos jornais televisivos e impressos que nos bombardeiam todos os dias com a violência ao ponto do cidadão ter medo de sair de casa? A pergunta é: por que esse tipo de crítica só acontece no Brasil? O filme aborda a corrupção e covardia dos nossos governantes. A opressão policial, a opressão dos traficantes aos moradores das favelas ao povo trabalhador. “Tropa de Elite” denuncia, provoca e questiona: é isso o que queremos no nosso país?

Como era o clima nas comunidades durante as gravações? Vocês foram acolhidos pelos moradores?

O clima nas filmagens foi de muita amizade, respeito e parceria de todos. Quanto às comunidades, é como normalmente acontece. Fomos recebidos pelos moradores com muita dignidade e muita educação. Não é diferente de nenhum lugar em que estive em minha vida. As comunidades no Brasil e no mundo não são outro planeta. É óbvio que independe da classe social, da etnia, religião ou da condição financeira, somos todos seres humanos. A educação e o respeito à dignidade humana abrem portas em qualquer lugar.

Houve algum fato inusitado ou marcante que ocorreu durante as filmagens?

A união e a parceria de pessoas interessadas em gerar mudanças. Essa foi a mais importante.

O “Crônicas de Um Rimador” (2012), seu disco mais recente, teve alguma influência do filme ou dos assuntos abordados nele?

Eu sou MC e faço parte da cultura Hip Hop desde antes de ser ator. A referência para o “Crônicas de Um Rimador” vem da vida e de tudo que aprendi com a cultura do Rap nacional. Minha gratidão e respeito à cultura urbana e ao Rap.

Tem novos planos para a televisão e o cinema?

Meus planos são sempre fazer trabalhos significativos e que influenciem positivamente seja no cinema, teatro, televisão e música.

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